quinta-feira, 13 de maio de 2010

A finalidade do Sindibrejo desvirtuada.

Na era Vargas, surgiu no Brasil a figura do sindicalista pelego. Pelego era o líder sindical de confiança do governo que garantia o atrelamento da entidade ao Estado. Hoje vemos dirigentes sindicais atrelados a partidos ou grupos políticos, e não à real defesa dos interesses da classe trabalhadora.
Pode-se dizer que, atualmente, essa é a realidade do Sindibrejo – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. Digo isso porque, a atuação do Sindibrejo visa, primeira e prioritariamente, dar visibilidade e suporte à atuação político-partidária dos seus dirigentes e, apenas em um segundo plano, as reais necessidades dos seus filiados. Com isso, o sindicato tem a sua credibilidade questionada e se desvirtua do seu objetivo principal que é lutar por melhores condições materiais e humanas de trabalho para o servidor público municipal.
Não é demais esclarecer à população em geral, e aos servidores públicos em especial, que a manutenção do Sindibrejo custa caro ao município e, consequentemente, a todos os cidadãos que pagam seus impostos. Já que os diretores do Sindibrejo estão afastados das suas funções como servidores, mas continuam recebendo seus salários, o gasto do município é dobrado, pois é necessário pagar seus substitutos. Apesar de não ser ilegal, é uma atitude no mínimo antiética, já que a representação do sindicato, na prática, não demanda uma dedicação exclusiva, dado o tamanho da nossa cidade e as questões ali discutidas.
Outro detalhe que talvez o servidor não saiba é que administração repassa ao Sindibrejo mensalmente mais de R$1.700 (mil e setecentos reais) e, uma vez por ano, aproximadamente 16 mil reais em um só mês, o que aconteceu no mês passado, tudo descontado da folha do servidor. O SAAE repassa R$134,51 por mês e a câmara municipal repassa R$226,51 por ano. E o que tem feito o sindicato de objetivo em prol do servidor, além de contestar pura e simplesmente, sem análises mais profundas, as ações da Prefeitura? Na minha opinião, nada de objetivo.
Prova disso é que no Dia do Trabalhador, ao contrário da Prefeitura, que promoveu uma grande festa para celebrar o dia da classe trabalhadora, o Sindibrejo nada realizou para os seus afiliados.
Ademais, o presidente do sindicato não tem humildade suficiente para reconhecer qualquer conquista para os servidores em nossa administração. Já escrevemos antes, mas nunca é demais relembrar as melhorias no piso salarial dos servidores que não acontecia desde 2007, a regularização dos débitos previdenciários para com o Previbrejo e INSS, a ampliação do empréstimo consignado, a regularização dos cadastros do PIS /PASEP, a abertura de100% das contas salários, apenas para citar algumas melhorias.

Vejam alguns dos reajustes salariais feitos em nossa administração para os cargos efetivos:
- um agente administrativo tinha salário base de R$ 465, passou a ganhar R$595;
- Um assistente social tinha salário de R$ 963,30, passou a ganhar R$ 1.300,
- um inspetor de ensino tinha salário base de R$843,15, passou a ganhar R$1.800,
- um supervisor tinha salário base de R$517, passou a ganhar R$1.000,
- um professor tinha o salário base de R$465, passou a ganhar R$600,

Também os salários, que eram desiguais, com a reforma salarial, foram equiparados por nível de escolaridade por cada cargo. Os professores, que antes eram alocados através de indicações políticas, hoje o são utilizando-se critérios fixados em lei. Por fim, reafirmando nosso compromisso com a valorização do serviço público, realizamos no último dia 2 de maio, concurso público visando preencher vários cargos na administração, de forma justa e imparcial. Fizemos o melhor, dentro do que era possível.
E tudo foi feito por iniciativa própria, após uma análise racional e objetiva das condições orçamentárias do município e das necessidades mais urgentes dos servidores, sem qualquer contribuição, ainda que no campo das idéias, dos representantes do Sindibrejo, já que estes só aparecem para contestar nossas ações sem, no entanto, apresentar qualquer proposta viável, diante da nossa realidade, para ser discutida e implementada. É muito simples o discurso fácil das reivindicações impossíveis, mas é preciso mostrar de onde vai sair o dinheiro, sem comprometer os demais serviços prestados à população e a Lei de Responsabilidade Fiscal, senão não adianta. E é esse o único discurso do Sindibrejo atualmente. Um discurso mais político do que realista. Levantar bandeiras que sabem ser irrealizáveis diante de uma determinada conjuntura é demagogia.
Atualmente, só vejo uma explicação à oposição ferrenha que faz o presidente do Sindibrejo à nossa administração, principalmente depois de termos priorizado, já no primeiro ano de governo, e mesmo diante da crise financeira que nos abateu no ano passado, dar melhorias salariais e de condições de trabalho para os servidores. É que, durante a nossa campanha, em troca do seu apoio político, o presidente Magno me pediu que, caso fosse eleito, lhe nomeasse secretário de ação social. Como naquele momento estava mais preocupado com o programa de governo do que com distribuição de cargos, resolvi não me comprometer. A partir de então, ele se tornou meu adversário na campanha e, pelo que podemos perceber, isso continua a influenciar sua atuação como presidente do sindicato, agora em relação à nossa administração. Desta forma, penso que o presidente Magno, não tem conseguido separar sua atuação político-partidária das suas atribuições como representante sindical comprometendo com isso o aprimoramento e desenvolvimento daquela instituição.

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